
FORTALEZA PODE SE TORNAR UMA CIDADE SUSTENTÁVEL?
Na atual situação em que o mundo se encontra, existe um aumento constante no desmatamento das áreas verdes, poluição de rios e mares, existe cada vez mais presente uma necessidade urgente de preservação e manutenção dos nossos recursos naturais e ecossistemas, com o intuito de evitar possíveis crises ambientais que venham a causar grandes impactos na sociedade.
Ao redor do globo, algumas cidades, já vem sendo projetadas para serem ecologicamente sustentáveis, desde a geração de energia com uso de placas solares até transportes terrestres ou aquáticos movidos a energia elétrica vinda dessas placas. Embora a maioria das pessoas ainda não saiba, é possível gerar energia inclusive através do aproveitamento do lixo produzido em uma região. Como acontece na Suécia que, de acordo com o site Mundo Geográfico, tem sua energia puramente derivada da queima de lixo e apenas 1% dos 461 kg de lixo produzidos anualmente pelo país vão parar em aterros, reduzindo significativamente a poluição do solo e consequentemente do ar.
Fortaleza vem apresentando, desde 2015, medidas para tentar resolver alguns dos maiores problemas ambientais que prejudicam o meio ambiente. Analisaremos aqui, ao estilo das agências de Fact-Checking, o que está ou não de fato sendo realizado para reduzir ou evitar impactos ambientais negativos na capital cearense.Com respeito à questão do lixo espalhado pela cidade e a movimentação urbana, principalmente no tange ao excesso de gases poluentes no trânsito.
EMPRESAS PREFEREM AS MULTAS AO INVÉS DE PAGAR PELA LIMPEZA DA CIDADE
O coordenador especial de limpeza urbana de Fortaleza, Albert Gradvohl declarou ao G1, "As empresas não querem pagar pela coleta particular, elas preferem jogar na rua, obviamente não me refiro a empresas sérias e responsáveis. Mas temos um pensamento coletivo ainda muito escasso, a pessoa podendo não pagar, ela não paga"..."O empresário faz as contas: 'se eu gasto R$ 5 mil pela coleta e a multa é R$ 1 mil, prefiro pagar a multa.” É um pensamento muito individualista, mas que ocorre muito.
De acordo com a Agefis (Agência de Fiscalização de Fortaleza), empresa responsável por assegurar o comprimento da Lei do Manejo, até o ano de 2016 já foram realizadas mais de 14.641 fiscalizações. As irregularidades encontradas variam entre gravíssimas, graves, médias e leves. Os 68% das irregularidades encontradas correspondem ao nível grave, 14% de gravíssimas, 13% leves e 5% médias, logo as infrações são realizadas com frequência. Contudo, ainda não se tem informação suficiente para concluir que as empresas “sérias e responsáveis” não estejam em meio a tudo isso.
POPULAÇÃO É O MAIOR DESAFIO DO LIXO DA CIDADE:
“Nós vivemos agora uma semana educacional. Estamos com uma equipe de 30 fiscais, trabalhando em 49 bairros da cidade, compreendido em três regionais. A mensagem principal que os fiscais passam é da conscientização dos grandes geradores de lixo e aproveitamos para mostramos a nova legislação, como deve proceder para que eles possam se enquadrar na política correta de manejo de resíduos sólidos”, afirmou coordenador especial de limpeza urbana de Fortaleza, Albert Gradvohl ao G1.
Os fiscais podem até ter tentado conscientizar os grandes geradores
de lixo, mas a população ainda não comprou essa ideia. Aqui podemos
perceber a situação do Lagamar:
Por Adnayara Medeiros, Ariadna Medeiros, Gabriel Amora, Hiago Araújo e Newton Cordeiro
ALERTA
Verdade, mas



Verdade
Falso, mas
Contraditório
Exagero
Mentira
MOBILIDADE URBANA: PARA ONDE FORTALEZA ESTÁ CAMINHANDO?
De acordo com a matéria publicada pelo O Povo Online, em Junho de 2016, o Bicicletar chega a 80 estações e 800 bicicletas, cumprindo a meta estabelecida pela Prefeitura para até o fim do primeiro semestre. A estimativa é de 300 estações até 2018.
Para incentivar o uso de transportes não poluentes, de rápido deslocamento e fácil acesso, no ano de 2014, a Prefeitura de Fortaleza entregou o projeto Bicicletar. Hoje a cidade conta com 80 estações e 800 bicicletas disponíveis para locação. Junto com o Bicicletar, também foram implantadas as faixas exclusivas para ciclistas ao redor da cidade e próximas aos pontos do projeto. A meta é chegar até 2018 com 300 estações do Bicicletar. Ariadna Gonçalves, 21 anos, estudante de jornalismo diz: “o bicicletar é ótimo, fácil de usar e é uma forma barata de andar pela cidade” .
SERÁ QUE AS FAIXAS EXCLUSIVAS DE ÔNIBUS REALMENTE AJUDARAM NO DESLOCAMENTO?
Em junho de 2014, a Prefeitura de Fortaleza entregou as faixas exclusivas de ônibus como uma forma de melhorar o deslocamento do transporte público e diminuir o tempo que os mesmos usam para fazer suas rotas, levando assim a uma menor quantidade de gases poluentes emitidos na atmosfera. Isso gera qualidade de vida para a população e também para o meio ambiente. Primeiramente, era esperada uma melhora de apenas 40% na velocidade de circulação dos ônibus pelas faixas exclusivas, mas o resultado foi melhor. Segundo a empresa Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza(ETUFOR) para o Dário do Nordeste, o ganho de velocidade nas Avenidas Santos Dumont e Dom Luís foi de 207% e 143%, respectivamente.
As faixas exclusivas de ônibus realmente foram entregues no prazo estipulado pelo prefeito Roberto Cláudio. Com a implantação o prefeito Roberto Cláudio frisa que “Culturalmente há uma boa assimilação da população, e isso se faz necessário devido a quantidade de veículos que circulam na cidade. A intenção é que as pessoas passem a priorizar o uso do transporte público e procurem andar menos em veículo particular”.
A população realmente foi beneficiada com as faixas exclusivas de ônibus, mas a liberação das mesmas para a circulação de vans e táxis não agradou o povo tanto assim. a doméstica, Eva Alves, 45 anos, afirma: “No início a gente chegava bem mais cedo em casa, porque os taxis não ficavam na faixa, agora ficamos um tempo parados e está demorando um pouco mais”

USO DE CARROS COMPARTILHADOS AJUDA A REDUÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS NEGATIVOS NO TRÂNSITO
Apesar de estar agradando a população, de acordo com as pesquisas elaboradas pela Prefeitura de Fortaleza, 74% dos usuários consideram o sistema de carros elétricos caro segundo o O Povo Online.
O passe mensal custa R$ 40 para quem não tem Bilhete Único e R$ 30 para quem possui o benefício da integração. A contadora Márcia Thaís Barbosa Severino, 25, não acha a tarifa cara. Mas, admite que, para a grande parte da população da Cidade, o preço não é tão acessível. “Já tive experiência com o carro pequeno e o grande. Gostei muito. O trânsito está muito pesado, não dá pra ter tanto carro na rua. O futuro é isso: compartilhar carro, bicicleta”, afirmou, Márcia.
RESÍDUOS DESCARTADOS NA PRAIA DO FUTURO INCOMODAM VISITANTES
Problema histórico em Fortaleza, o acúmulo de resíduos na Praia do Futuro, principalmente do coco verde, sempre incomodou moradores e frequentadores do local. Com o feito de 3º maior produtor de coco no Brasil, movimentando 6,7 milhões de toneladas de casca/ano, é necessário pensar nos impactos ambientais que o descarte feito de maneira irresponsável pode causar. Não há coleta na praia do futuro?
“Cascas de coco, plásticos, canudos, fezes de animais e restos de alimentos são jogados diariamente"
O problema dos resíduos jogados de forma irregular na Praia do Futuro sempre incomodou banhistas e frequentadores do local. Para a universitária Brunelise Diniz, esse é o grande motivo para muitos turistas se frustrarem quando chegam na praia, segundo ela, "não há um acompanhamento efetivo na parte da coleta por parte dos órgãos públicos e donos de barraca, nem local de descarte".
O "Vamo" foi criado com o intuito de promover a mobilidade urbana de maneira sustentável por meio de uma rede de compartilhamento de carros elétricos que estão disponíveis em Fortaleza.
Fortaleza conta com 18 pontos de locação, contendo de três a quatro carros cada.
Os carros são 100% elétricos e isso colabora para que a capital cearense seja uma cidade que emite menos gases poluentes. Os cidadãos apresentam menos doenças respiratórias, economizam tempo e contribuem para a preservação do meio ambiente.
Não é bem assim. Existe uma coleta de resíduos por parte das barracas. Quatro empresas de fornecedores de coco verde adotam estratégias de logística reversa em terrenos abandonados na Praia. Os demais resíduos são coletados por serviços da Prefeitura de Fortaleza que jogam os rejeitos nos aterros sanitários. Empresas essas que fazem acompanhamento diário com a Prefeitura, que também monitora pontos da orla. Segundo moradores da localidades, o problema maior hoje se encontra nos entornos da praia, não mais perto do mar. Além de que, esses resíduos podem ser aproveitados na produção de fibras artesanais, adubo, grama sintética e combustível.
PUNIÇÃO PARA QUEM JOGA LIXOS NAS RUAS ESTÁ FUNCIONANDO?
Segundo reportagem do Jornal Tribuna do Ceará, a população ainda é a protagonista do acúmulo de lixo nas ruas de Fortaleza; poluindo vias, rampas e fechando quarteirões todos em bairros como Quintino Cunha. O problema se torna decorrente da falta de punições e fiscalização.
“Em Fortaleza, não existe uma legislação específica sobre o assunto.” (Tribuna do Ceará)
De fato, não existe nenhuma lei na cidade que puna cidadãos que jogam lixo nas ruas, o que existe é a tão falada, Lei do Manejo, que notifica estabelecimentos com mais 100 litros de lixo por dia sem descarte legal.
No Rio de Janeiro, a prefeitura da cidade junto com órgãos públicos criaram em novembro de 2015, o programa Lixo Zero, que atua sob a lei 3273/RJ quem joga lixo na rua. As multas variam de R$185 à R$7.380. O trabalho é feito por 126 profissionais que percorrem as ruas e a orla diariamente. Cidades como Curitiba e São Paulo também estudam projetos semelhantes.
UMA REALIDADE: O REFLORESTAMENTO NO PARQUE DO COCÓ

As áreas degradadas do Parque do Cocó deveriam receber 40 mil mudas com o intuito de gerar um novo reflorestamento. Os serviços começaram neste ano, em abril, e segue pelos próximos cinco anos. Até 2021, as áreas vão receber 10 mil mudas a cada ano. O trabalho é fruto de uma parceria entre o Governo do Estado e o grupo C. Rolim Engenharia.
A primeira fase do cultivo de árvores em áreas desmatadas do Parque do Cocó foi entregue no início do ano de 2017 de acordo com o O Povo Online, com o plantio de 2.300 das 40 mil mudas em áreas de 2,5 hectares, no bairro Edson Queiroz de acordo com O Povo Online.
O presidente da construtora, Pio Rodrigues Neto, explicou que a primeira etapa serviu de “modelo” para o restante do projeto, que continua no ano que vem. “Foi um sucesso. Agora, seguimos para a segunda fase, ainda durante a quadra chuvosa, com plantio em área próxima ao Anfiteatro do Cocó. Vamos complementar as 10 mil mudas e continuar o processo durante 2018”.
Entretanto, o problema é que a promessa consiste em plantar 10 mil por ano, sendo que, logo na primeira fase, o projeto atrasou. Somente uma parte foi plantada, o que fez a fase ser adiada para o ano que vem, que garante a plantação de mais de 15 mil mudas no Parque.
André Rolim, da Construtora C. Rolim, conta que o seu pai, presidente da empresa, que esteve em viagem no último mês, sempre teve um gosto forte por paisagismo e empreendimentos com estilo verde. Dito isso, agora que se tornou uma tendência no País, ele enfatiza que a marca pode fazer mais, não só pelos empreendimentos, mas pela cidade também. "Tivemos a ideia de que a cada metro quadrado tivesse uma árvore. Para isso é preciso doar. E o nosso compromisso assumiu essa estimativa quando doamos, por exemplo, 65 mil mudas para a Universidade de Fortaleza, Hospital da mulher e outras entidades", diz.
O empreendimento sempre desenvolveu ambientes verdes. Um dos melhores projetos foi colocar hortas, imensos jardins e locais para os animais. Com isto, ele aponta que o projeto voltou para o Parque do Cocó, que é um dos patrimônios mais ricos do Estado. "Só temos um problema para continuar o projeto, que é a dependência da chuva, que ocorre durante picos anualmente. Quando ela para, temos que parar na plantação".
Ele destaca que no terreno e área do Parque ainda existem mudas expostas, que a própria população pode pegar para plantar nas áreas definidas no projeto. "Ao redor do Anfiteatro do Parque, a maioria das árvores estavam mortas. Com o estudo que tivemos previamente e com o apoio da Seuma, iniciamos o reflorestamento. Obviamente que o importante é a quantidade de mudas, não a área. Mas ainda precisamos ver por onde continuar e porque é importante prosseguir por ali. No teatro, estava tudo sujo, por causa da reforma, e tudo devastado, por consequência da última mudança que fizeram há uns três anos".
O problema, no entanto, é que as mudas não estão expostas. As pessoas comentam que procuram todo domingo, mas não encontram. A vendedora e frequentadora do Parque, Helena Gomes, diz que adoraria encontrar as plantas, mas que nunca viu, já que, provavelmente, deve ter acabado no início do ano e nunca reporam.
Já sobre o custo, André Rolim aponta que a pesquisa é mediante com as universidades que trabalham estudando e apontando os lugares e mudas, enquanto que o custo de mão de obra é quase inexistente, já que o trabalho é feito por poucos funcionários e população interessada. "Acaba sendo super barato. Estamos trabalhando com investimento. Isso, de certo modo, é marketing. Estamos melhorando a cidade, e ainda ganhamos investimentos do apoio do Governo e dos clientes, que percebem o nosso intuito ambiental".

Se o intuito é melhorar o nome da empresa e o mercado, o marketing é uma boa saída. Com o projeto, as pessoas sabem que a marca quer melhorar a sustentabilidade dentro e fora dos empreendimentos, o que faz com que o público consumidor saiba quem foi o pioneiro no projeto. A partir disto, as pessoas buscam mais projetos da instituição.
Os motivos para o reflorestamento
Pio-Rodrigues conta que o seu sonho é que cada um faça a sua parte. Ele participou da 3a Conferência das Partes (COP23), em Bonn, na Alemanha. O evento é considerado o principal fórum internacional para discussão de questões relacionadas às mudanças climáticas do mundo. A construtora cearense foi a representante brasileira da construção civil na conferência. Em entrevista, Pio fala sobre o convite para participar. "Estamos tentando mudar, com construções sustentáveis, publicando artigos internacionais com a pauta de sustentabilidade. Somos Amigos do Clima, projeto que envolve pessoas interessadas no assunto", diz.
A empresa, depois de colocar o nome na lista de eventos relacionados a sustentabilidade, foi convidada para apresentar o que está acontecendo no Brasil e em Fortaleza, Ceará. Os artigos publicados, geralmente no site, são dos projetos que abordam a natureza nos empreendimentos e que, a partir deste ano, engloba o Parque. Ele ainda destaca que apresentou no evento a situação da cidade, que precisa de mais sustentabilidade. "Todo dia é dia de você dar um presente à natureza. Plante uma árvore, ela agradece, com flor, fruto, sombra e beleza", conta.
A tecnologia precisa gerar mais verde nos empreendimentos do mercado imobiliário. A afirmação é do arquiteto e paisagista, Benedito Abbud, que conta como o futuro pode ser mais confortável para os brasileiros quando se trabalha com o paisagismo nas cidades. Ele esteve em Fortaleza em novembro para apresentar o tema no 2º Inovaconstruir, evento realizado pelo Sindicato das Construtoras do Ceará. Benedito desenvolveu discussões sobre como criar soluções inovadoras e diferenciadas nos empreendimentos, capitais e metrópoles brasileiras.
O paisagista, em sua apresentação, ainda deu destaque ao Parque, que começa a ganhar mais vida depois das iniciativas dos arquitetos cearenses. “O paisagismo é qualidade de vida. Então, por que não usar na cidade também? As construtoras e incorporadoras estão mais empenhadas em oferecer espaços com jardins imensos para as famílias desfrutarem as suas atividades e opções de lazer com mais segurança e saúde, e, principalmente, de mostrar como a cidade pode e deve ser mais verde”. Ele destaca que, desse modo, o mercado abriu uma demanda para a criação de projetos que contemplam áreas verdes, o que oferece mais trabalhos para os arquitetos e paisagistas e justifica a criação da empreendedora em oferecer mais verde.
Segundo Benedito, a paisagem urbana também precisa de ambientes de convivência ao ar livre, como praças arborizadas com bancos e mesas, calçadas com paginação de piso bem sinalizado, equipamentos para a prática de esporte, faixas de circulação, acessibilidade para todos. Ele aponta que, quando se tem ricos centros urbanos e locais que remetem a natureza, as pessoas passam a se identificar, gostar e cuidar dos espaços públicos e privados. Sobre a tecnologia atual, ele conta que ela permite conexão entre todos os envolvidos em busca por inovações ambientais, incluindo os de outros países, como em Argentina e Uruguai, que servem de modelos para o Brasil. “Esse projeto da C. Rolim já é um case de sucesso. Estamos ansiosos pelo resultado. Em 2021, muitas cidades vão se basear nesse projeto”, diz.
A informação, apesar de correta, pode ser equivocada, logo que não se sabe se todas as fases vão ser entregues, se vai atrasar ou se vão desistir do projeto. A C. Rolim prometeu até 2021. Impossível de prever.
Vantagens
O paisagismo, como foi apontado pelo construtor Diogo Araújo da Muza Construtora, destaca várias técnicas e tendências de mercado. A mais citada e conhecida é o reflorestamento, que pode ser aplicado em espaços externos e internos, sejam amplos ou compactos. Algumas das plantas mais usadas são os filodendros, samambaias e bromélias. Já o preparo, obviamente, exige estudo de um paisagista trabalhando e apresentando sugestões aos arquitetos e engenheiros.
Ele destaca que, sem dúvidas, o projeto do Parque vai melhorar a qualidade de vivência coletiva, já que proporciona redução de aspectos agressivos da urbanização e sociabilidade entre vizinhos e amigos. “Entretanto, o valor de aplicação depende do nível do empreendimento. Se o imóvel aplicar horta, jardins, espaços abertos para correr e pedalar pode acabar ficando mais caro. Caso o construtor aplique plantas, que vão se adaptando ao ambiente, os cidadãos vão aprendendo e administrando o terreno verde. Tudo leva tempo e cuidado de ambas as partes”.
Por mais que o intuito do projeto seja unir a cidade em uma só causa, não há relatos, enquetes ou dados de que o Parque está sendo mais frequentado ou não por causa do reflorestamento. O vendedor Pedro de Freitas conta que, quando vai ao Parque, procura se exercitar, passear com o filho ou caminhar. “Não estou integrado no assunto de reflorestamento, não sei como funciona”, diz.
Já o engenheiro Daniel Queiroz da Construtora Placic, acredita que as cidades e empreendimentos estão pobres de saúde e renovação. “Vivemos em uma cidade muito poluída. O paisagismo é um meio de alertar as pessoas a cuidarem naturalmente da cidade. A área verde diminuiria até o calor e energia, logo que não vamos utilizar com tanta frequência a iluminação artificial e dispositivos de ventilação. Fortaleza, deste modo, se tornará parte de uma lista de cidades sustentáveis ao redor do mundo”, destaca. Ele aponta que o uso de reflorestamento ao longo dos anos é um método de se ajudar a cidade, a saúde das pessoas e o futuro das próximas gerações.
A afirmação do engenheiro, por mais eficaz que seja, precisa ser consultada nos próximos anos. O intuito é bom, vale a pena investir. Só falta continuar com a divulgação, com a distribuição de mudas entres os cidadãos e continuar o projeto, para que todos frequentadores percebam que o Parque precisa continuar crescendo. As pessoas, incrivelmente, não notaram esse crescimento ainda.
